Quando, em 1992, deixou a actividade docente, a sua bibliografia activa, então arrolada, ultrapassava já as três centenas de títulos, entre livros, artigos publicados em revistas portuguesas e estrangeiras, conferências, comunicações a congressos e trabalhos prefaciais importantes. Até meados da década de cinquenta, sobre Direito Penal e matérias afins e, a partir dessa data, sobre Política Colonial e temas com ela referidos, temas que, após o 25 de Abril foram substituídos por um ensaísmo político com o qual poder-se-á não estar de acordo, mas que reflecte uma vasta cultura e uma clarividente inteligência.
Aliás, terá sido essa clarividência que levou o governo de Salazar a demiti-lo de ministro, em 1962, e de director do Instituto Superior de Ciências Ultramarinas, em 1969. É ainda essa clarividência que o faz intitular de Tempo de Vésperas a série de artigos que publicou durante o ano de 1970 no diário Notícias da Beira, de Moçambique, e que no ano seguinte publicou em livro, em Lisboa, com o mesmo título. Tudo isto faz da obra do professor Adriano Moreira, algo de incontornável para os estudiosos do período final da ditadura salazarista e da era colonial europeia. Presentemente, dirige o Centro de Estudos Orientais da Fundação Oriente.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. V, Lisboa, 1998








Avaliações
Ainda não existem avaliações.