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Poeta, ensaísta e crítico literário e musical. Ligado ao movimento neo-realista, será um dos poetas editados na colecção coimbrã «Novo Cancioneiro». Os seus poemas têm um carácter depurado, íntimo ou afectivamente contido, sem que, no entanto, fiquem neles elididas referências à própria circunstância social, o que, assim, marcará o seu compromisso poético. Mas um certo desencanto, o modo como se pode «sonhar coisas vagas» ou a «melancolia mansa» que tantas vezes vem à superfície representam o enquadramento emocional que predomina na sua obra e lhe empresta uma atmosfera delicada e intimista.

Dirigiu o Grande Dicionário da Literatura Portuguesa e de Teoria Literária (1979), que deixou parcialmente publicado. É de sua autoria uma Iniciação Estética (1958), que representa uma abordagem bem informada das questões estéticas; este livro e Críticas e Crónicas (1982) trazem achegas importantes quanto à explanação de opções teóricas do Neo-Realismo a partir de um ponto de vista em que, ao contrário do que acontece noutros representantes dessa corrente, a realidade estética não é subalternizada.

Foi co-director de Cadernos da Juventude (1937) e de Altitude (1939) e director da Academia dos Amadores de Música e do seu jornal Gazeta Musical que, com o título de Gazeta Musical e de Todas as Artes fez ressurgir e dinamizou.

in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. IV, Lisboa, 1997

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