Dois anos depois, publica o seu livro de maior repercussão internacional, A Selva, que alcançou ser traduzido para 15 línguas, sendo o seu tradutor francês o insigne Blaise Cendrars.
Em 1935, durante algum tempo, dirige o semanário O Diabo, no qual lhe sucedeu Rodrigues Lapa.
Viageiro infatigável, ficaram-se-lhe também a dever, neste sector, livros em que deu conta minuciosa e fotograficamente documentada das suas andanças pelo Mundo.
Se no campo dos valores estilísticos se lhe podem pôr reservas, nem por isso a obra deste grande humanista poderá deixar de ser considerada como das mais importantes da literatura portuguesa do século XX. Curiosamente, é de alguns ficcionistas conotados com o movimento neo-realista – não de esclarecidos críticos do mesmo sector, como Óscar Lopes e Mário Sacramento – que têm vindo, nas últimas décadas, alguns dos seus julgamentos mais radicalmente severos acerca da eventual perenidade da obra do autor de A Selva. Não parece, no entanto, provável que o futuro lhes dê razão: se há um público verdadeiramente popular, esse é, no melhor sentido, o de Ferreira de Castro impressionante exemplo português de autodidactismo, no domínio da novelística.









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