Com obras traduzidas em vários países e algumas adaptadas quer à linguagem cinematográfica (por Manoel de Oliveira, por exemplo), quer à linguagem teatral, também produziu textos expressamente destinados a crianças. As características omniscientes e demiúrgicas dos seus narradores contribuem para uma quebra da organização canónica do texto, em que vários espaços e tempos se entrecruzam na tentativa de explicação dos comportamentos assumidos pelas personagens. Estas, por sua vez, caracterizam-se por uma força vital assombrosa ou, pelo contrário, por uma fragilidade, uma impotência perante a vida, que ainda vem reforçar as características das personalidades dominadoras. É essa força telúrica que transforma as suas personagens em personagens mágicas que reorganizam o mundo à volta delas.
Bibliografia selectiva: A memória de Giz (1983), Lisboa: Contexto; Dentes de Rato (1987), Lisboa: Guimarães; Contos amarantinos (1987), Porto: ASA; Vento, areia e amoras bravas (1990), Lisboa: Guimarães; O soldado romano (2004), Porto: Ambar; O Dourado (2007), Lisboa: Minutos de Leitura.
[Maria Marta Martins]
02/2012








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