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Oficial da Marinha, destacou-se nas campanhas de «pacificação» e de ocupação portuguesa da África austral em finais do século XIX, imediatamente antes do ultimato britânico a Portugal.

Assentou praça na arma de cavalaria do Exército em 1880, transferindo-se para a Armada em 1882. Em Fevereiro de 1885 foi colocado na Divisão Naval do Índico, tendo sido enviado em comissão de serviços para Moçambique, onde procedeu a diversos trabalhos hidrográficos, como o reconhecimento da costa entre Moginquale e Ponta Bajona e o levantamento das barras do rio Moginquale e do rio Muite em Infusse. Participou também, com João Augusto Botto, no levantamento da planta da Baía de Lourenço Marques e dos acessos à Baía de Tungue. Regressou a Portugal em Janeiro de 1889 e, em Junho desse ano, foi nomeado para nova comissão em Moçambique acompanhando António Enes numa expedição contra a pressão dos povos nativos e dos britânicos sobre Lourenço Marques e o sul do território. No seu regresso a Lisboa 15 de Janeiro de 1891 foi proclamado como benemérito da Pátria.

Foi ajudante de campo de D. Carlos e de D. Manuel II, deputado (1900), governador-geral de Moçambique (1905-1906), governador Civil de Lisboa e ministro da Marinha e Ultramar (1909-1910).

Após a implantação da República (1910), foi reformado compulsivamente, no posto de capitão-de-fragata. Monárquico convicto, participou nas incursões militares contra a República. Foi um dos líderes, com Aires de Ornelas, da tomada de Monsanto, em Lisboa (1919) em apoio à «Monarquia do Norte», pelo que foi preso e exilado. Regressado a Portugal em resultado de uma amnistia concedida aos monárquicos, foi eleito (1925) senador no Congresso da República, pelo círculo eleitoral de Portalegre, integrado nas listas monárquicas.

Liderou a Causa Monárquica e foi lugar-tenente em Portugal de D. Manuel II, exilado em Londres e, após a morte deste em 1932, lugar-tenente do pretendente ao trono D. Duarte Nuno de Bragança. Neste condição foi interlocutor de Salazar nas matérias respeitantes à Casa de Bragança e aos seus bens em Portugal. Em 1942 foi homenageado pelo Estado Novo de Salazar e integrado na Armada, como vice-almirante honorário.

Centro de Documentação de Autores Portugueses
09/2012

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