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Foi educado no Seminário de Santarém, ingressando depois na Escola Militar de Mafra. Mas largou a vida militar pela literatura. O jornalismo atraiu-o singularmente, mantendo-se na brecha até ao fim da sua colaboração no Jornal de Notícias. Entrou em muitas polémicas, pela Monarquia, pela República, tendo aderido a esta depois de defensor acérrimo do velho regime. Foi redactor do Diário Ilustrado (de que também chefiou a redacção), da Nação, da Capital e do Diário de Notícias. Trabalhou ainda nos jornais Campo de Ourique, de Aljustrel, Distrito de BejaDiário da Noite.

Foi mobilizado em 1917, seguindo para França e atingindo o posto de segundo-sargento. Esteve preso por incluir Oliveira Salazar entre os portugueses com ascendência judaica: foi arrancada a folha do volume e impressa outra sem essa referência e só assim circulou Os Judeus e os Protocolos dos Sábios de Sião.

Polígrafo, ulisipógrafo ilustre, foi um trabalhador infatigável, e na sua extensíssima bibliografia nem sequer faltam as incursões poética, novelística e teatral. Assinava os seus livros com o nome seguido do pseudónimo Mário.

in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. III, Lisboa, 1994

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