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Pertenceu à geração literária açoriana do fim do século, que teve na Horta o seu principal centro. Os irmãos Carlos e Roberto de Mesquita, Osório Goulart, Fernando de Sousa, Nunes da Rosa, etc. foram seus contemporâneos nos bancos do Liceu e no alvoroço das primeiras tentativas literárias. Aos 17 anos apareceu a redigir, com Júlio de Lacerda, o semanário O Bibliófilo (1885) e mais tarde a Revista Faialense (1893), como redactor principal e O Faialense (2ª. série, 1899), com Florêncio Terra e Rodrigo Guerra. Colaborou também, pela mesma altura, noutros jornais, como O Arauto e O Açoriano (2ª. série), dirigidos respectivamente por António Baptista e Florêncio Terra, e na revista de Ponta Delgada Arquivo dos Açores, de Ernesto do Canto.

Dado a estudos históricos e genealógicos, é nesse campo que se destaca na literatura açoriana, não só pela informação acumulada na sua obra (e que é apreciável), mas também pela expressão literária, em que sobressai na época como o prosador mais próximo da escrita parnasiana. As suas novelas valem também por essa qualidade, isto é, pela escrita, mais do que pela efabulação, geralmente próxima do relato: uma escrita de bom talho literário, vernácula, em que a variedade e justeza do léxico e o giro da frase lhe conferem destaque entre os herdeiros de Camilo.

in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. III, Lisboa, 1994

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